quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NEOLOGISMOS BABY

Andar e falar são, sem dúvida alguma, as "descobertas" que trazem nossos bebês para o mundo de gente grande - mundo das crianças, para ser mais específica... Desde que minha filhinha começou a andar (mesmo daquele jeitinho cambaleante) e a dizer suas primeiras palavras com sentido, parece que não tenho mais um bebê em casa... Com um ano e um mês ela já estava toda cheia de si, expressando suas vontades e - pasmem! - dizendo "tchau" enquanto andava toda determinada rumo a porta...
Agora, além de "papai", "mamãe", "auau", "água", "não" e outras coisinhas que são inteligíveis por todos, ela começou a inventar um vocabulário próprio. "Aiá" é chave. "Pi-pi" é passarinho e "tatá", óculos de sol. Tem também a "Tá", que é a personagem favorita do desenho da TV.
Às vezes, depois de um dia estafante, meu marido, se reinserindo nas brincadeiras, me olha e pergunta: o que é "aiá", mesmo? E lá vamos nós, emocionados com este início da expressão verbal, buscando os sentidos e traduzindo nossa pequena para o mundo!

FRALDINHAS DE BONECA? NÃÃÃÃÃÃÃÃO!

Estou longe de ser natureba, radicalmente verde ou coisinhas do gênero... Confesso que já fui muito mais consumista, e hoje percebo que estou buscando me policiar cada vez mais, procurando consumir apenas o necessário e norteando algumas opções de consumo para aquilo que não é tão prejudicial ao ecossistema. Também estou ligada em coleta seletiva, reaproveitamento de embalagens e outras coisas, enfim, me vejo pensando no nosso planeta e fazendo a minha parte nesta missão quase impossível que é controlar a já anunciada catástrofe ecológica que nossos filhos ou netos terão que enfrentar mais adiante.
Minha filha de 1 ano usa fraldas descartáveis. Eu sei que não é a melhor opção em termos de preservação ambiental, mas, infelizmente, a rotina atribulada não me deixa outra alternativa. Sou totalmente contra radicalismos, mas fico pensando em todo o lixo que produzimos todos os dias...
Com a função das compras de Natal, estava em uma loja de brinquedos quando me deparei com uma linda bonequinha que come uma comidinha especial, bebe um suquinho e faz xixi e cocô. Até aí, nada de mais - o bebê que minha mãe tinha quando era pequena também fazia xixi. O que me surpeendeu foi que a tal boneca usa fraldas. E não são as fraldas de tecido que eu coloca no meu bebê ou que minha mãe usava no dela. São fraldas DESCARTÁVEIS! E, pior: o fabricante do bebê produz e comercializa fraldas extras (além daquelas que acompanham a boneca). Ou seja, esta bonequinha inocente pode, dependendo do ritmo da brincadeira, produzir mais lixo que a minha filhinha!
Nada contra a brincadeira de mamãe e filhinha (sem dúvidas ela é muito saudável e é das mais estimuladas aqui em casa), mas fralda descartável para bonecas não dá, né? Além de a despesa ser grande (acreditem, um pacotinha contendo 6 fraldas de boneca custa o equivalente a dois pacotes de uma boa fralda "de verdade"), não tem cabimento nossas meninas produzirem esse lixo extra e desnecessário!