quinta-feira, 6 de outubro de 2011

UMA INFÂNCIA MAIS SIMPLES...

Ontem estava escrevendo a dica sobre a n.magazine e fiquei pensando sobre como é difícil resgatar a tal nostalgia da infância... Criar um filho inserido neste mundo rápido, automatizado, restritivo, preconceituoso, consumista, globalizado, competitivo e, ainda assim, proporcionar uma visão da infância do jeito que ela tem que ser: livre, despojada, alegre, simples... Minha filha ainda não completou dois anos e já reconhece cartões (de crédito e bancários), tanto pela forma quanto pela função. Ela também adora teclas, botões, controle remoto e opera um smartphone muito bem... Ao mesmo tempo em que fico orgulhosa da minha sabichona, acho que ela não precisaria ter contato com essas coisas, pelo menos por enquanto... Mas é a consequência de viver sempre colada na mamãe...
Para compensar essa enxurrada de informações a que ela está inevitavelmente exposta, a gente faz comidinha, anda de pés descalços no verão, brinca na areia, suja muita roupa, come "momotinha" (bergamota) no sol, nana os bebês, canta muuuuito, faz "pão seco" (pão de queijo), brinca de roda, monta quebra cabeça, rala a canela, deita na grama, procura o "galo paletó" no pátio do vizinho. Também não compramos brinquedos a toda hora e não diferenciamos o valor que se dá às coisas pelo preço ou pela marca. Não resisitimos a uma roupinha ou sapatinho novos, mas definimos "charme total" como uma menininha linda e arrumadinha, nada a ver com a marca ou o preço do look.
E assim vamos tentando simplificar uma infância cheia de logomarcas, luzes piscantes e sons eletrônicos, criar uma referência especial, uma lembrança que deixe saudade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário